É um núcleo educacional que tem por finalidade oferecer apoio pedagógico através de atividades educativas. Além de fomentar a reflexão acadêmica através de pesquisas e de publicações, presta apoio às comunidades de base, ao movimento de mulheres e às redes de solidariedade diversas, através da promoção de cursos, de reforço escolar, de alfabetização e letramento, de grupos de estudos, de apoio pedagógico, de intercâmbios, de maneira comprometida com a transformação social.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Programa de promoção da igualdade de GÊNERO, RAÇA E ETNIA
Para fortalecer as conquistas institucionais e a participação social, o Sistema ONU (Organização das Nações Unidas) realiza, no Brasil, o Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia. Iniciativa pioneira no País com aporte do Fundo das Nações Unidas para o Alcance dos ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), o Programa é resultado da cooperação internacional entre o Governo Espanhol e o Governo Brasileiro, por meio da SPM - Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e da SEPPIR- Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
Campos de Ação
Atuar para a redução da violência de gênero e a efetividade das legislações de igualdade de gênero, raça e etnia;
Aumentar a participação política de mulheres, particularmente de mulheres negras, nos espaços de poder e decisão;
Inserir as dimensões de gênero, raça e etnia na gestão da política de trabalho, emprego e habitação.
Linhas Estratégicas
O programa tem por missão contribuir para a incorporação dos princípios de equidade de gênero e raça, transparência e inovação na gestão pública e o fortalecimento da participação social nas políticas de desenvolvimento humano.
Gestão Pública: mensuração do impacto das políticas públicas de gênero, raça e etnia; especialização de gestoras e gestores públicos e fortalecimento dos organismos governamentais para mulheres e igualdade racial; e melhoria da rede de atendimento às mulheres.
Participação Social: ampliação e consolidação da participação igualitária, plural e multirracial das mulheres nos espaços de decisão.
Comunicação: monitoramento dos conteúdos e incentivo para maior cobertura da temática de promoção da igualdade de gênero, raça e etnia nos meios de comunicação; especialização de profissionais de mídia nos temas de gênero, raça e etnia; e estímulo às ações de mídia advocacy.
Resultados Esperados
Compreendendo o caráter estratégico das dimensões de gênero, raça e etnia no cotidiano da gestão pública, o Programa estabelece quatro resultados interdependentes:
1. Aperfeiçoamento da transversalidade de gênero, raça e etnia nas políticas, programas e serviços públicos;
2. Apoio à implementação dos Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres de Promoção da Igualdade Racial nas esferas estadual e municipal;
3. Aumento da participação das mulheres nos espaços de decisão, de forma igualitária, plural e multirracial;
4. Ampliação do apoio dos meios de comunicação à promoção da igualdade de gênero, raça e etnia.
VAMOS FICAR DE OLHO!!!
A Gestão do Programa quem faz é:
A supervisão e orientação estratégica do programa são de responsabilidade do Comitê Diretivo Nacional, formado por representantes do Governo Brasileiro, do Governo Espanhol e pela Coordenação Residente do Sistema das Nações Unidas no Brasil. A coordenação operacional está a cargo do Comitê Gestor integrado por: SPM, SEPPIR, UNIFEM, UNICEF, UNFPA, ONU-HABITAT, PNUD e OIT.
Quer saber mais e cobrar os resultados? Escreve para:
Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia - Brasil
Coordenadora do Programa
ANGELA FONTES
e-mail: angela.fontes@unifem.org
tel: + 55 (61) 3038.9282
Assistente do Programa
BÁRBARA SANTOS
e-mail: barbara.santos@unifem.org
tel: + 55 (61) 3038.9147
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Conferência Mundial dos Povos sobre Mudança do Clima e Direitos da Mãe Terra.
Expressão coletiva de mulheres feministas contra as mudanças climáticas
Publicada em: 23.04.2010
As feministas de todo o mundo, de diferentes culturas, origens e integrantes da Marcha Mundial das Mulheres dos cinco continentes, mais uma vez reúnem suas vozes e se expressam através da sua participação conjunta na Conferência Mundial dos Povos sobre Mudança do Clima e Direitos da Mãe Terra.
Na ocasião, várias delas apresentaram as análises que trazem de seus países para torná-las conhecidas coletivamente, junto com militantes da Marcha Mundial das Mulheres. Este é o caso de lideranças feministas do Peru, que há anos têm trabalhado para a mitigação de desastres, mas desde 1998 levantam também a necessidade de alterar o modelo econômico para resfriar o planeta.
No que se refere à soberania alimentar, a pequena e média produção orgânica pode contribuir para resfriar o planeta, no entanto, os povos debem continuar a resistência aos transgênicos, barragens e agronegócio, porque “sem esta resistência todo o trabalho desenvolvidos em torno da biodiversidade seria destruído e por isso, por um lado temos que apontar alternativas concretas em nossa vida cotidiana e, por outro lado, temos que organizar nossa resistência para mudar o modelo econômico”, enfatizam as feministas peruanas.
Por outro lado, a equatoriana Magdalena León, representante da REMTE Rede Latinoamericana Mulheres Transformando a Economia, afirmou que a realização desta Conferência dos Povos na Bolívia é uma convocatória histórica, que acima de tudo deve buscar que prevaleça a voz dos povos e se transforme em poder de decisão frente ao poder abusivo, arbitrário e depredador do capitalismo e das forças hegemônicas que conduzem a sociedade a um ponto “quase sem saída para a vida no planeta”. Esta convocatória nos fala de recuperar a voz do povo, dizendo basta e encontrar saídas, na medida de nossa trajetória histórica, de uma prática econômica que tem sido protetora e cuidadora da vida, ao invés de destruidora, afirmou Magdalena León.
As mulheres de todo o mundo afirmam que o planeta inteiro deve assumir outra prática econômica, e que esta outra economia deve ser assumida por todos e todas colocando a reprodução da vida no centro. Este trabalho deve ser encarado através da recuperação do público e comunitário, afirmaram as feministas da Marcha Mundial das Mulheres, que manifestam uma expressão coletiva na conferência dos povos sobre a mudança climática.
Cintia Mamani - Marcha Mundial das Mulheres / Minga Informativa dos Movimentos Sociais
Fonte: Cintia Mamani - Marcha Mundial das Mulheres / Minga Informativa dos Movimentos Sociais
disponível em: http://www.sof.org.br/marcha/?pagina=inicio&idNoticia=421
MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES
Entre os dias 8 e 18 de março, as mulheres brasileiras mostraram, mais uma vez, sua força e organização. Nos onze dias de marcha, entre as cidades de Campinas e São Paulo, as caminhantes demonstraram que a luta feminista está mais viva do que nunca. Sob o lema “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”, a mobilização reuniu mulheres vindas de todos os estados brasileiros, de diferentes raças, idades e origens. Além de reforçar a diversidade existente em nossa sociedade, a realização da marcha foi um exemplo de auto-organização das mulheres e, com certeza, fortaleceu e seguirá fortalecendo nossa luta.
Participaram da Marcha cerca de 3 mil mulheres vindas de todos os estados do país. A Ação contou também com mulheres de diversos movimentos sociais como CUT, Contag, MST, UNE, MAB e MMC.
Participaram da Marcha cerca de 3 mil mulheres vindas de todos os estados do país. A Ação contou também com mulheres de diversos movimentos sociais como CUT, Contag, MST, UNE, MAB e MMC.
A Ação foi construída integralmente pelas mulheres, que se dividiram em equipes de cozinha, limpeza, infra-estrutura, segurança, comunicação, formação e cultura, saúde, água e creche. A cozinha permaneceu fixa em Cajamar e o transporte do almoço e do jantar foi feito por caminhões. Além das equipes, as delegações se revezaram para os trabalhos de limpeza dos alojamentos e cozinha.
A caminhada de 11 dias também demonstrou a solidariedade das brasileiras às mulheres do Haiti após o terremoto que atingiu o país em janeiro. Houve coleta de contribuições para a reconstrução da ação das mulheres da MMM no Haiti e do movimento feminista do país.
Dia a dia
Durante os onze dias de caminhada, as mulheres passaram pelas cidades de Campinas, Valinhos, Vinhedo, Louveira, Várzea Paulista, Cajamar, Jordanésia, Perus, Osasco e São Paulo. Na abertura, marcando o centenário da proposição do Dia Internacional da Mulher, um grande ato público no centro de Campinas deu início à caminhada. No dia seguinte, as mulheres marcharam até Valinhos e deram início à programação de debates, oficinas e demais atividades de formação e culturais, realizadas pelas próprias marchantes.
Foram abordadas questões como trabalho doméstico; saúde da mulher e práticas populares de cuidado; sexualidade, autonomia e liberdade; educação não sexista e não racista; economia solidária e feminista; soberania alimentar, reforma agrária e trabalho das mulheres; agroecologia; biodiversidade, energia e mudanças climáticas; políticas de erradicação da violência doméstica e sexual; tráfico de mulheres e direito ao aborto.
As caminhantes participaram ainda de um ato público na cidade de Várzea (13/3), onde foi lançada a publicação “As origens e a comemoração do Dia Internacional das Mulheres”, uma tradução coletiva do livro de autoria da historiadora espanhola Ana Isabel Álvarez González, publicado pela SOF (Sempreviva Organização Feminista) e pela Editora Expressão Popular.
A Marcha contou com duas participações especiais. No dia 11, em Louveira, a feminista brasileira, radicada na França, Helena Hirata, debateu o trabalho das mulheres e a autonomia econômica, apontando questões centrais para uma transformação estrutural na sociedade que supere a desigual divisão sexual do trabalho. E em Perus, no dia 16, Aleida Guevara, médica cubana e filha de Ernesto Che Guevara, falou sobre o processo revolucionário de Cuba. Neste dia, as militantes entoaram com mais força uma das principais palavras de ordem desta caminhada: “Sou feminista, não abro mão do socialismo e da revolução!”
Após passar por todas as cidades, as mulheres chegaram à São Paulo. O último dia de caminhada foi marcado pela batucada feminista, que esteve a frente da caminhada com cerca de 150 jovens, sintetizando os ritmos e palavras de ordem entoados pelas caminhantes ao logo de toda a marcha.
O último dia contou também com as “Caminhantes”: duas bonecas com vestidos confeccionados em oficina pelas mulheres de vários estados, juntamente com a artista Biba Rigo. As Caminhantes sintetizam as lutas das mulheres brasileiras e tem dois destinos programados. O primeiro é a Ação regional da Marcha Mundial das Mulheres na Colômbia, contra a militarização do continente. O segundo destino é a República Democrática do Congo, no encerramento da 3ª ação internacional, em 17 de outubro.
A 3ª Ação Internacional continua!
A 3ª Ação Internacional tem como eixos principais quatro campos de ação que falam diretamente à realidade das mulheres: autonomia econômica, violência contra a mulher, paz e desmilitarização e bens comuns e serviços públicos. Os eixos foram adaptados à realidade das mulheres brasileiras e deram os contornos da plataforma política apresentada à sociedade a ao Estado. Entre as reivindicações estão: a criação de aparelhos públicos que contribuam com a socialização do trabalho doméstico, a não privatização de nossos recursos naturais, o aumento do salário mínimo, o fim de todas as formas de violência contra a mulher, a realização da reforma agrária e a legalização do aborto.
A mobilização é parte do calendário da 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que acontece entre 8 de março e 17 de outubro de 2010. No primeiro período, mais de 20 países fizeram atividades de lançamento da 3ª ação, manifestações públicas e marchas de diferentes formatos. O encerramento da 3ª Ação Internacional será em Kivu do Sul, na República Democrática do Congo. Realizadas de cinco em cinco anos, as Ações Internacionais reúnem mulheres de vários países em grandes atos, mobilizações e atividades, que têm como objetivos centrais denunciar as condições de desigualdade em que vivem as mulheres e impulsionar a luta feminista para a transformação de nossas realidades – e do mundo.
Fonte: http://www.sof.org.br/marcha/?pagina=inicio&idNoticia=419
quinta-feira, 15 de abril de 2010
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